terça-feira, 26 de julho de 2011

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM (PARTE II)

Lembrando a todos que esse texto é do meu Amigo, Pastor Natanael dos Santos. Boa Leitura!

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM
A promessa de Deus na vida de Abraão seu avô estava tendo o seu real cumprimento. Das entranhas de Jacó, nasceria José, que mais tarde, após vários períodos de duras provas, se tornaria governador do Egito.
Estando no Egito, teve o privilégio de receber seu pai e seus irmãos os quais foram colocados estrategicamente na terra de Gósen, para ali habitarem. Nesta terra se multiplicaram em grande maneira, ao ponto de se tornarem numa grande multidão.
Ali estando todos eles gozaram do favor do Faraó amigo de José. Este Faraó havendo morrido foi substituído por outro Faraó que não conhecia a José.
Este novo Faraó estando no governo oprimiu os filhos de Israel fazendo-os amargar como escravos debaixo de um jugo tirano e cruel.
Quatrocentos anos depois, cumpriu-se o que Deus havia pactuado com Abraão (ler Gn 15. 7-16). Moisés estava apascentando o rebanho do seu sogro Jetro no Monte Horebe quando Deus falou com ele de uma sarça, ordenando-o a tirar o Seu povo da escravidão.
Obedientemente Moisés se põe a executar o mandado do Senhor seu Deus, ajudado por seu irmão Arão. Sob o braço forte de Deus, Faraó permite Israel sair em direção àquela que seria a sua pátria definitiva. Estando no deserto, Deus trabalhou maravilhosamente através de Moisés a fim de fazer daquele povo uma nação.
Durante a peregrinação pelo deserto, Israel recebe diretamente de Deus a Lei que governaria o seu destino. Muitos daqueles que haviam saído do Egito, morreram no deserto por não crerem na palavra de Deus.
Quando a nova geração nascida no deserto estava na fronteira, prestes a ocupar a Terra da Promessa, Moisés morreu.
Deus então encabeça Josué como seu sucessor, para dar continuidade ao Seu plano.
À frente do povo como um valente e destemido general, depois de verem as muralhas de Jericó destruídas e após cruzarem o Jordão, ambos os episódios ocorridos de forma sobrenatural, aquele povo se estabeleceria na Terra Prometida e começaria a conquistá-la.
Havendo conquistado boa parte da terra, Josué antes de morrer lhes faz recordar tudo o que Deus fizera por eles e os convida a assumir o compromisso de servirem somente ao Senhor, tomando ele próprio como exemplo de que particularmente estaria servindo a Deus com toda a sua casa.
Vem então, o período dos Juízes quando a Bíblia diz que cada um fazia o que bem parecia aos seus olhos. O último deles foi Samuel.
Fartando-se da sua maneira de governar, pediram-lhe um rei e Deus lhes deu Saul na sua ira e depois o tirou no seu furor, estabelecendo Davi em seu lugar.
Davi fora um homem segundo o coração de Deus! Ele organizou a nação de Israel e antes de morrer passou o cetro ao seu filho Salomão.
De posse do governo, Salomão dá início à construção do Templo idealizado por seu pai e, junto com o povo de Deus após longos anos, inaugura aquela majestosa casa; lugar onde Israel poderia agora adorar tranquilamente ao Senhor sem precisar depender de estar montando e desmontando tenda aqui, ali ou acolá.
Salomão saiu-se muito bem no governo de Israel até que as mulheres lhe perveteram o coração. Após isso, seu reinado começou a entrar em decadência.
Tendo morrido, Roboão seu filho reinou em seu lugar, mas logo em seguida o reino que havia sido unificado desde os dias de Davi, seria dividido.
Jeroboão conquistou o coração de alguns e ficou com dez tribos enquanto Roboão apenas com duas. Com o reino dividido, os problemas logo começaram a surgir.
Com o passar do tempo, tanto no Sul quanto no Norte, o povo de Deus se viu governado, ora por um rei bom, ora por um rei mau.
Em consequência da desobediência, o Reino do Norte composto de dez das doze tribos de Israel foi levado em cativeiro pela Assíria e aproximadamente cem anos depois o Reino do Sul, composto das tribos restantes. O Reino do Sula seguiria também em cativeiro para a Babilônia de Nabucodonosor.
As tribos do Norte se dispersaram e até os dias de hoje não se sabe exatamente onde elas estão.
Setenta anos foi o tempo do cativeiro babilônico deflagrado contra o Reino do Sul. Após estes anos vividos no exílio, Deus levanta Zorobabel, Josué,  Esdras Neemias, Ageu e Zacarias. Através desses homens Israel é de novo estabelecido em sua terra e o Templo é reconstruído.
Porém poucos anos à frente, Israel estaria outra vez em derrocada. Neste período, Deus levantou o profeta Malaquias para advertir a nação dos erros que estavam comentendo.
Após ele, deu-se o Período Interbíblico. Neste espaço de tempo até a chegada do Messias, muitas guerras se deram entre o povo de Deus. A história Sagrada estava esperando a chegada da plenitude dos tempos.
E foi exatamente quando ela se cumpriu que o Messias tão esperado pelos judeus nasceu em Belém trazendo uma nova esperança para aquele povo.
Infelizmente eles o rejeitaram, levando-o à cruz. Jesus morreu, mas com sua morte foi selada a vitória tanto de judeus quanto dos gentios.
De ambos os povos, Deus, soberanamente, constituiu um só povo para através deste, tornar o Seu nome conhecido em toda a Terra.
A igreja que nunca fora considerada como povo, foi enxertada em Jesus Cristo a Oliveira Verdadeira e feita povo peculiar de Deus. Constituída de judeus, os descendentes de Sem e de gentios, os descendentes de Cão e Jafé, a igreja está no mundo como Geração Eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa e Povo Adquirido, para anunciar as virtudes de Jesus.
A Igreja, constituída de famílias de todos os povos, tribos, línguas e nações, verdadeiramente está nas tendas de Sem como um povo forasteiro e peregrino, mas caminhando rumo à Cidade que tem fundamentos, cujo Artífice e Construtor é Deus!


Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sábado, 23 de julho de 2011

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM (PARTE I)

Pastor Natanael dos Santos
O texto abaixo é de um grande Amigo. Pastor Natanael dos Santos é daquelas pessoas amáveis e dóceis que demora-se encontrar. Foi missionário na Argentina e nos EUA durante muitos anos e também pastor setorial e pastor-presidente no interior de São Paulo. É um excelente pregador. Seu tema é quase sempre a Cruz de Cristo, o Calvário, o Amor de Deus. Estudioso, pretende lançar um livro em breve e deu-me a honra de presentear-me, a meu pedido, com algumas linhas de seu novo projeto. Linhas que transcrevo aqui para vocês. Boa leitura! 

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM
Após a morte do pregoeiro da justiça, os descendentes de Noé se multiplicaram, mas em vez de encherem a terra como Deus havia ordenado, conceberam um plano maligno de se perpetuarem onde estavam, afim de não serem destruídos.
Iniciaram a construção da Torre de Babel na terra de Sinear sob o comando do ímpio e arrogante Ninrode. Porém Deus não os deixou ir avante naquele pernicioso intento, pois, além de não quererem se espalhar pela face da terra queriam também fazer para eles um nome.
O Deus de todo o Universo prontamente os julgou. A língua deles foi confundida, e eles, obrigatoriamente tiveram que se espalhar cumprindo-se assim a soberana determinação divina. Tudo o que Noé, havia predito a respeito dos seus filhos, cumprira-se perfeitamente:

Os descendentes de Cão povoaram a África, a Ásia, a Oceania e, por algum tempo, certas regiões do Oriente Médio, Babilônia e imediações do Mar Vermelho.
Os descendentes de Jafé povoaram as ilhas do mar e as distantes paragens européias. Eles se dirigiram para o Ocidente, povoaram todas as ilhas do Mediterrâneo, toda a Europa e parte da Ásia.
Os filhos de Sem foram Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. Elão se estabeleceu a leste da Pérsia e deu origem aos elamitas, bem notável no tempo de Abraão. Assur foi o progenitor dos assírios, notáveis guerreiros e conquistadores. Arfaxade, progenitor dos semitas, caldeus, que dominaram a Mesopotâmia, sendo vizinhos de Assur, Elão e outros. O neto Eber foi progenitor dos hebreus. Lude parece que foi o pai dos lídios. Arã pai dos arameus, povo notável nos dias do reino de Israel, encontrando o seu fim político no império assírio. (Informações colhidas do livro: Povos e Nações do Mundo Antigo, Antonio Neves Mesquita, JUERP, pg. 49 e 50).

Abraão foi um dos descendentes de Sem e vivia na Mesopotâmia em Ur dos Caldeus, uma das grandes cidades do mundo antigo. Sua cidade natal era banhada pelo rio Eufrates e muito famosa por sua cultura. Era também possuidora de uma arquitetura invejável para a sua época e detentora de uma extraordinária riqueza, além de ser também famosa por suas habitações cômodas, por sua música e por sua arte. Esta cidade era o seu torrão onde prazerosamente desfrutava do feliz convívio com sua família.
Nesta terra, os amorreus, seus antecedentes chegaram e, em vez de dedicarem suas vidas ao Único e Verdadeiro Deus, se misturaram com os idólatras, trazendo para eles sérios e terríveis prejuízos espirituais.
Deus poderia começar tudo de novo destruindo mais uma vez a raça, porém, desta feita determinou em vez de destruí-la, criar para Si um novo povo.
Porém, um belo dia, aparentemente comum como todos os demais, Abrão (seu nome não havia sido mudado ainda) ouve uma voz chamando-o e dando-lhe uma ordem estranha para sair da sua terra e do meio da sua parentela e seguir para uma terra totalmente desconhecida, (Gn 12.1-3).
Embora não tivesse profunda intimidade com a voz de Deus, acatou sem titubear a determinação divina e então, resoluto e em franca obediência deixou sua civilização e saiu sem direção acompanhado de sua esposa Sara, seus pais e do seu sobrinho Ló.
A partir de então, todos eles tornar-se-iam em um povo forasteiro que viveria o restante da vida peregrinando até chegarem à região de Gósen no Egito para colonizá-lo através de Jacó e os seus descendentes.
Séculos mais tarde, o escritor aos Hebreus conseguiria captar através da inspiração do Espírito Santo como se deu este episódio: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”, Hb 11.8-10.
Enquanto viveu em Ur dos Caldeus, Abrão, juntamente com sua família, desfrutou toda a sua infância no meio daquele povo totalmente idólatra (Obs. Js 24.14).
O chamado de Deus, porém, mudaria definitivamente a sua vida e a da sua família. Caminhando em direção à promessa preferiu a intimidade com Deus a desfrutar a glória passageira do mundo de então. Sua decisão lhe deu um nome e fez dele o “amigo de Deus” e o “pai da fé”.
Caminhando em direção à Canaã, confiado no que Deus lhe havia prometido, esperou pacientemente até que o momento aprazado chegasse culminando com o cumprimento da promessa da chegada de um filho saído de suas entranhas.
Isaque, com o passar do tempo, nasceria milagrosamente, cresceria, se faria adulto e logo estaria também casado. Da sua união com Rebeca, dois filhos encheriam de felicidade a vida do casal – Esaú e Jacó.
Já adultos, Esaú, rejeitou a benção da primogenitura, Jacó por sua vez, mais inclinado às coisas espirituais, se tornaria o herdeiro da benção familiar.
Após vinte longos anos andando por caminhos tortuosos, numa bela noite Jacó teve um encontro com Deus no Vale de Jaboque. A partir de então, passou a ser Israel, porque lutara com Deus e com os homens e prevalecera.
Continua...


Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.